Levantei-me, como de costume nos 2 últimos dias, com os seus berrinhos de quem acha que é único no mundo.
Escolhi a roupa e vesti-me sozinho, "já és crescidinho", até parecia estar a ouvi-la. Fui para a cozinha. Agarrei no banco que estava por baixo da mesa, pus-me em cima dele. Peguei na tijela e pu-la na mesa.
O choro já tinha acalmado, que bom!
Fui buscar o leite ao frigorífico. Enquanto a tijela com o leite aquecia no micro-ondas, agarrei novamente no banco e fui buscar os cereais.
- Bom dia filho - ouvi a voz estremunhada do meu pai. Bom dia, respondi.
O choro recomeça.
Olho para o relógio pendurado na parede. Dez minutos ou perco a carrinha. Como a correr. Apanho a mochila. Dou um beijo ao meu pai. Vou ao quarto, dou um beijo na testa da minha mãe e depenico um beijo naquela cabeça careca.
- Até logo querido, porta-te bem. Aqueles olhos encovados e a sua tentativa de sorriso enfurecem-me.
Desço as escadas de 4 em 4. A carrinha já lá está. O Sr. Alexandre deita-me o olhar reprovador do costume, enquanto aponta para o gigantesco relógio que está mesmo por cima do pára-brisas. Olho para a parte de trás e fico mais bem disposto. Está lá a malta toda com o baralho de cartas em punho.
14Fevereiro2009
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Olá Xanda! Isto parece-me familiar :) este blog foi uma boa ideia! O meu acesso à net está limitado, mas assim que normalizar a situação, meto para aqui alguns rabiscos! :) Comprei o "Quero Ser Escritor" da Margariada e da Elsa Serra, tem uns exercícios tão giros, mesmo para puxar pela imaginação. Boas escritas :)
ResponderEliminarBoa! Também estou para comprá-lo há imenso tempo (desde que saiu há 2 anos se não me engano :-( ). A ver se me despacho que qualquer dia já não posso sair de casa :-)
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